Rádio Engenho Velho

sábado, 21 de novembro de 2020

ONG ENGENHO VELHO É PARCEIRA DO IV SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE PATRIMÔNIO E PRÁTICAS CULTURAIS

 

O IV SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE PATRIMÔNIO E PRÁTICAS CULTURAIS: perspectivas transdisciplinares da patrimonialização e dos saberes-fazeres, constitui-se em um espaço de aprofundamento de estudos e de valorização da cultura popular, que integram o semiárido brasileiro, em diálogo com outras reigões, e atribuem a sua identidade territorial. Em decorrência da Pandêmia do Sars-CoV-2, o evento desse ano será realizado por meio de plataformas virtuais, como o Canal do LEMCAE no youtube e outros meios virtuais.

O Simpósio tem a sua origem orientada para colaboração da sua salvaguarda, sobretudo dos festejos populares da região, e outros bens que integram a cultura imaterial e material, representada pelos lugares da memória, tais como os centros históricos nas áreas urbanas dos municípios e da zona rural. O evento, inciciado no ano de 2017, deriva do reconhecimento da Festa do Pau da Bandeia de Barbalha, pelo IPHAN, e da necessidade de elaboração de políticas de salvaguarda e tombamentos dos bens culturais do região do Cariri, situada à sul do Estado do Ceará.

Trata-se de uma atividade acadêmica e popular construído no campo da interinstitucionalidade, cujos realizadores e parceiros são representados por instituições de atuação históricos, em que suas ações, identificam-se com preservação do patrimônio cultural do semiárido brasileiro. Entre elas, a Universidade Regional do Cariri - URCA, a Escola de Saberes de Barbalha - ESBA, o Laboratório de Espaço, Memória e Cultura Aplicados à Educaçao - LEMCAE, o Geopark-Araripe, A Secretaria de Cultura do Estado do Ceará - SECULT, O Instituto do patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN e o Centro Pró-memória de Barbalha Josafá Magalhães, que, realizam o simpósio em parceria com a Sociedade Artística e Cultural Engenho Velho, instituição identificada com a salvaguarda da cultura.

A Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio, as Romarias do padre Cícero em Juazeiro do Norte, Os irmãos Aniceto, a literatura de cordel, Os Caretas do jardim, a Exposição do Crato, as xilogravura e muitas outras expressões festeiras, Artísticas e religiosos, sinalizam a potencialidade histórico-antropológica do territorial cultural do Cariri cearense. Com o tema central Patrimônio e Práticas Culturais: Perspectivas transdisciplinares da patrimonialização e dos saberes-fazeres populares, o evento debaterá aspectos ligados a salvaguarda do patrimônio, vinculado a políticas públicas nas diferentes escalas de poderes, bem como a ligação desses bens materiais ou imateriais ligados as manifestações culturais dos grupos sociais e de seus pertencimentos com os territórios em uma visão transdisciplinar.

Nesta projeção, afirmamos que as condições geoambientais do Cariri, diferenciadas de outras partes do semiárido, bem como a marca nativa do seu povo demarcado pela cultura popular, se constituem pilares da construção do discurso da regionalização do Cariri, bem como do entendimento da identidade histórica e sócio espacial do Semiárido brasileiro.

A iniciativa, busca reunir pesquisadores, mestres e brincantes, com o mesmo intuito de promoção da cultura do povo sertanejo e a defesa da sua salvaguarda, bem como colaborar com debates e elaboração de documentos, que possam colaborar na elaboração de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento regional sustentável. Um evento de abordagem de temática identificada com estudos do semiárido brasileiro, incluindo as práticas culturais, ganham corpo e expressão nos grupos de brincantes espalhados nas áreas rurais do entorno da Chapada do Araripe e sediados nas áreas urbanas. Entre eles destacam-se as bandas cabaçais, aboios de vaqueiros, reisados, maneiro-paus, cantadoras de incelenças, penitentes, capoeiras, dança do pau de fita, e outros.

Trata-se de saberes secularmente herdado entre gerações, cujos cantos e expressões corporais dialogam com a abstração do mundo pela experiência de vida, trabalho e religiosidade, dos lugares habitados pelos mestres e brincantes e cantadores do sertão. Apreciar e entender o significado afetivo da simbologia dos ritos e ouvir a melodia dos grupos de brincantes se constitui numa das formas de se promover a autoestima e o sentimento de pertencimento do povo que faz da vida a sua própria cultura.

Neste sentido, o Simpósio se reivindica ser um fator de fortalecimento da salvaguarda da cultura imaterial e material sertaneja, provendo o diálogo entre a materialidade do mundo e a subjetividade, a partir da sua abstração, onde espaço e subjetividade integram a mesma realidade. Onde os espaços vividos são percebidos como cenários das manifestações dos saberes do povo e se constituem cenários onde ocorrem as manifestações dos festejos populares.

Por tudo isso e, muito mais, sejam bem vindos ao IV SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE PATRIMÔNIO E PRÁTICAS CULTURAIS: Perspectivas transdisciplinares da patrimonialização e dos saberes-fazeres populares.

 

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mosaico Cultural é uma compilação de projetos desenvolvidos anualmente pela ONG Engenho Velho que, ficaram impossibilitados de serem realiza...